O que é dermatite atópica canina?
A dermatite atópica canina é uma doença de pele caracterizada por coceira intensa, que pode acometer o corpo todo ou apenas algumas partes dele, como as orelhas, extremidades das patinhas e face. É uma forma de alergia muito comum em cães.

O que causa a dermatite atópica?
A coceira da dermatite atópica é causada por substâncias (os chamados alérgenos) que estão no ambiente e penetram através da pele do animal, causando estimulação exagerada do sistema imunológico, alergia e inflamação. Como exemplos desses alérgenos, podemos citar os ácaros presentes na poeira doméstica, pólens de plantas, entre outros.
Como sei se meu cão tem dermatite atópica?
O diagnóstico de dermatite atópica não é simples. O sintoma de coceira, bem como as lesões de pele causadas por ela, pode ser desencadeado por muitos problemas de pele, como as sarnas, os parasitas e outras formas de alergia. Por isso, somente o médico veterinário pode estabelecer um plano de diagnóstico (que pode levar alguns meses), até descobrir se seu cão, de fato, tem dermatite atópica.
Existe predisposição genética para dermatite atópica?

Sim, existem raças e famílias de cães mais predispostos a ter a doença. Em geral, as raças de cães pequenos são as mais acometidas como, por exemplo, Lhasa Apso, ShihTzu, West Highland White Terrier, Yorkshire, entre muitas outras. Labradores e Golden Retrievers estão entre as raças grandes mais acometidas. Da mesma forma, cães que têm a doença possuem grande chance de passá-la aos seus descendentes. Porém, qualquer cão, de qualquer raça e porte, pode ter dermatite atópica.
Com que idade aparecem os sintomas de dermatite atópica?
Geralmente, os cães com dermatite atópica apresentam coceira e lesões de pele desde muito cedo em sua vida, muitas vezes até antes de completar 1 ano de idade.
Os sintomas de dermatite atópica acontecem durante o ano todo?
No nosso país, as condições de clima favorecem a ocorrência de dermatite atópica o ano todo, ou seja, os animais tendem a ter coceira e lesões de pele de forma contínua. Em outros países, a dermatite atópica pode acontecer apenas em algumas estações do ano, de forma sazonal.
Alergia alimentar e dermatite atópica são a mesma coisa?
Não, apesar de o quadro clínico das duas doenças ser muito parecido. É necessário fazer uma dieta com ingredientes que o animal nunca tenha comido para se excluir a alergia alimentar e diferenciar de dermatite atópica. No entanto, muitos animais possuem dermatite atópica que sofre influência dos alimentos, ou seja, os alimentos podem piorar o quadro de coceira e lesões de pele. Por isso, a dieta tem um papel importante nos quadros de dematite atópica.
É verdade que parasitas, como pulgas e carrapatos, podem piorar a dermatite atópica?
Sim, esses parasitas, quando presentes em um cão com dermatite atópica, podem piorar a coceira e lesões de pele. Sendo assim, é obrigatório manter os cães completamente livres de parasitas externos, e existem várias opções de produtos no mercado veterinário disponíveis para essa finalidade.
Como é o tratamento da dermatite atópica?
O tratamento é complexo e envolve medicações para aliviar a coceira, eliminar os parasitas, tratar as infecções associadas e recuperar a integridade da pele. Medicações orais, injeções, xampus e produtos colocados sobre a pele do animal podem ser utilizados dependendo do caso, e somente o médico veterinário poderá individualizar a melhor combinação de tratamentos para o seu animal.
Existe cura para a dermatite atópica?
Raramente existe cura para a doença, até porque é difícil descobrir a qual substância o animal é alérgico. Ou seja, é preciso entender que a doença irá acompanhar o seu cão durante toda a vida, e o comprometimento em seguir à risca as orientações do médico veterinário é fundamental para o sucesso do tratamento em longo prazo.
Recomendações de manejo do cão com dermatite atópica
Banhar APENAS com produtos prescritos e não utilizar perfumes. Evitar água muito quente e secar em temperatura ambiente ou com secador morno.
Não utilizar máquina, tosar com tesoura.
Limpar o ambiente com sabão ou detergente neutros e enxaguar abundantemente.
Não deixar o cão em locais onde há acúmulo de poeira. Lavar a caminha 1 vez por semana. Se possível, remover tapetes, carpetes e objetos onde o pó possa se acumular.
Não deixar o cão por perto quando utilizar desodorante ou perfumes.
Controlar MENSALMENTE ectoparasitas.
Evitar alterações de dieta e petiscos. Consultar sempre o médico veterinário quanto a mudanças alimentares.
Ao menor sinal de aumento da coceira ou aparecimento de lesões de pele, procurar o médico veterinário.
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